O
verão se cansa de torrar geral e, aos poucos, passa.
As horas já se equilibram entre o sol e as luzes.
As horas já se equilibram entre o sol e as luzes.
No
que recupero a manhã dos meus passos, retorno ao ponto em que se vê a Esfinge.
Esfinge do Brasil - foto de Guina Araújo Ramos - Niterói, 2018 |
O
destilar do suor não lhe tirou a leonina postura nem o mítico orgulho:
seu fibroso olhar continua a desafiar profundo o Brasil.
Intuo
que, hoje, sua pergunta seria, por dever, ampla e veraz. Algo
como “como é que o Brasil continua a ser este país inepto que é?”.
Desvio
do risco do enigma o olhar (e o rumo): esta resposta (dói, mas digo) não saberia lhe dar.
Da série Locais Distintos
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